quarta-feira, 25 de maio de 2011

A educação inclusiva de crianças com Síndrome de Down

A proposta de uma educação que inclua crianças deficientes nas escolas regulares é uma questão de difícil abordagem, devido aos precários conhecimentos relativos ao assunto, à existência de muitos preconceitos por parte da sociedade no geral e à falta de especialização apropriada a lidar com as crianças atípicas no corpo funcional das escolas regulares. Há também outros fatores particulares, como a comodidade da família em colocar o deficiente na escola especial e preocupar-se somente em diminuir o trabalho que a criança especial exige, não se importando com o desenvolvimento das possíveis capacidades da criança.

A Síndrome de Down é uma doença vista com “olhos tristes” pela sociedade, esta tendendo-se à descrença quanto à possibilidade de desenvolvimento significativo dessas crianças. Isso dificulta ainda mais o progresso dos sindrômicos, pois desvaloriza de antemão quaisquer possibilidades da criança e acaba contribuindo para a cristalização de uma baixa auto-estima e uma posição defensiva frente às pessoas.
O movimento que visa a uma educação inclusiva é um movimento internacional, um paradigma difundido no mundo inteiro e pressupõe que todos devem aprender juntos, levando-se em conta as dificuldades, os limites e as possibilidades de cada um e facilitando a resiliência – a conquista de um certo sucesso social apesar dos limites. Visa a uma forma pela qual o sujeito possa engajar-se no contexto social. Percebe-se aí um “novo olhar”, que não seja o da procura de doença no sujeito, mas sim do desenvolvimento dos potenciais do mesmo. As crianças portadoras de Síndrome de Down apresentam uma anormalidade cromossômica no par 21, identificada através de sintomas motores, devido a uma deficiente constituição do tônus muscular; sintomas sociais e emocionais caracterizados por tendência ao isolamento; dificuldades ariculatórias e outros atrasos na área de linguagem; e um desenvolvimento cognitivo atrasado e limitado se comparado ao das  crianças normais.
Menor a criança, maior a oscilação maturacional,. Quanto antes a criança trabalhar suas dificuldades e estimular potencialidades, mais chances de melhor evolução.O Brasil possui uma história de segregação que remete à época de sua colonização, constituindo um problema extra para a proposta inclusiva.
A inclusão pode ser feita com profissionais especializados ou sem eles. No Brasil, ela ocorre sem a especialização. Há uma lei que obriga as escolas estaduais a aceitar as crianças especiais, mas não há o fornecimento de infra-estrutura necessária para tal. Essa contradição faz com que muitas escolas não cumpram a lei, muitas vezes não por falta de vontade, mas porque tal realização torna-se inviável devido à falta de recursos.
Portanto, além do princípio teórico norteador, é mister uma disponibilidade de todas as pessoas envolvidas para que o movimento obtenha um sucesso satisfatório. A inclusão visa a diminuir os obstáculos ao progresso de todos os alunos. A atuação dos professores, por exemplo, não deve restringir-se a perceber as potencialidades e possibilidades dos alunos, também precisa considerar suas condições no planejamento da aula, na administração desta e avaliação dos efeitos sobre os alunos.Tudo isso requer uma nova mentalidade  e compreensão da deficiência, fundamentadas em princípios de uma educação para todos, estimulando o trabalho da melhoria da qualidade da educação básica e com alunos de diferentes níveis de capacidades, chegando juntos a novos conhecimentos sobre partes da realidade.

terça-feira, 24 de maio de 2011

Emocionante!

Paulo Freire deu a visão, nosso Mestre iluminado.

Paulo Freire deu a visão, nosso Mestre iluminado.
É Questão de educação, e temos de estar preparados.
É sobre o sonho ideal, pra sempre termos confiança.
É uma obra fundamental, “A Educação da Esperança”.
É Questão de entendimento, temos de nos esforçar.
Paulo Freire deu o alento, que é pra gente incorporar.
Não é só para esperar, esperança não é fácil bonança.
É pra lutar e avançar, “A Educação da Esperança”.
É alimento no mal tempo, quando fazemos buscar.
É enfrentar o contratempo, e com garra gente forçar.
Não pode ser espera vã, e a raça e a sua perseverança.
A pessoa ficando cidadã, “A Educação da Esperança”.
É nosso melhor armamento, vital em todo combate.
Perspectiva e discernimento, e o convicto não se abate.
Construir o próprio caminho, ter uma sagrada aliança.
É saber não estar sozinho, “A Educação da Esperança”.
É a consciência da realidade, Ter de superar o sofrer.
Da exclusão e desigualdade, que unidos vamos vencer.
Com índio, negro e branco, mulher, velho e criança.
Na aspiração e no encanto, “A Educação da Esperança”.
Esperança só de necessidade, desabafo que desarvora.
Desendereça na finalidade, não é luminosa aurora.
Tem de estar relacionada, com a luta pela bonança.
Por Paulo Freire ensinada, “A Educação da Esperança”.
É com a marca a sagração, é o mais divino tempero.
Maravilhoso ensinamento, bagagem com que se avança.
É o vislumbre da imensidão, nunca o trágico desespero.
Humano aprimoramento, “A Educação da Esperança”.
Na plena razão da vida, com, nobreza fascínio e magia.
É uma força tão querida, no cerne da nossa cidadania.
No nosso estado de comunhão, igualdade para mudança.
Pra fazermos a transformação, “A Educação da Esperança”.

Autor: Azuir, Carlos, Ronaldo, Suzana e Turma do Socialismo.

A quem interessa a Miséria da Educação Brasileira?

Este é provavelmente um dos assuntos que mais me interessam: Educação!
Acompanho, quando posso, vários sites e blogs que tratam de temas com os quais vejo alguma afinidade com os temas tratados aqui no Coisa Pública. Ontem estive assistindo alguns vídeos da Band News, da Globo.com, do VideoLog…
Resolvi compartilhar alguns pensamentos que me ocorreram ao assistir a um vídeo do Arnaldo Jabor a respeito da miséria da educação no Brasil, e a quem interessaria a manutenção e continuidade deste “estado de coisas” miserável.
Ele afirma que “a educação aleijada no Brasil foi um desejo desde a colônia”, o que não deixa de encontrar eco em vários ensinamentos transmitidos por professores que tive em toda a minha vida acadêmica. Mas não estamos longe demais do Brasil Colônia, para continuarmos falando dos interesses extrativistas de Portugal e a forma estratégica com que mantiveram o Brasil no escuro cultural por tanto tempo? Também já não passamos da hora de parar de reclamar que nosso país é esse caos porque foi colonizado por bandoleiros e párias que os portugueses enviavam para cá, mais a título de castigo que de colonização?
Na verdade, o Arnaldo vai muito além, quando traça um pararelo entre os interesses imperialistas da época da colônia e os interesses políticos de nossa época, tocando no que eu considero uma ferida nacional, que é a eleição do Senhor Francisco Everardo Oliveira Silva, ou apenas “Tiririca”.
Será que assim fica mais fácil compreender a quem pode interessar o caos na educação brasileira? Porque assim fica mais fácil usar um palhaço ou uma dançarina para “puxar” votos e eleger escroques que nem aparecem na propaganda eleitoral?
Ora, um livro de português distribuído pelo Ministério da Educação (MEC) para quase meio milhão de alunos defende que a maneira como as pessoas usam a língua deixe de ser classificada como certa ou errada e passe a ser considerada adequada ou inadequada, dependendo da situação. Ao ver esta notícia no Jornal Nacional, da Rede Globo, sinceramente, quase chorei…
Não acredito no que estão transformando a educação neste país, e em todos os interesses eleitoreiros e de “cabresto social” que existem por traz desta mazela toda e nós apenas vemos as notícias e fatos, comentamos, lamentamos, e nos calamos…

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Inspirados pelo Autismo

A Inspirados pelo Autismo dedica-se a informar, inspirar e habilitar os pais e profissionais a ajudar crianças e adultos com autismo a superar suas dificuldades e alcançar novos patamares de desenvolvimento.

Clique aqui e conheça o site

segunda-feira, 16 de maio de 2011

O EDUCADOR NO PROCESSO DE INCLUSÃO SOCIAL E ESCOLAR

“As escolas devem ajustar-se a todas as crianças, independentemente das suas condições físicas, sociais, lingüísticas ou outras. Neste conceito devem incluir-se crianças com deficiências ou superdotadas, crianças de rua ou crianças que trabalham, crianças de populações imigradas ou nômades, crianças de minorias lingüísticas, étnicas ou culturais e crianças de áreas ou grupos desfavorecidos ou marginais”                       Declaração de Salamanca, UNESCO, 1994 




Segundo Rosana Vidal (2009) a construção de uma escola inclusiva é um desafio, pois requer quebra de paradigmas, enfrentamento do desconhecido, aceitação do não saber e efetivar, na prática, os princípios que fundamentam uma escola inclusiva.
Assim, a sociedade na qual vivemos, tem por diretriz a superação e o homem tem, a todo o momento, que apresentar-se perfeitamente capaz de superar todos os obstáculos durante sua trajetória de vida, seja ela no âmbito particular ou no profissional. O profissional hoje tem que ser multifuncional, competente, arrojado, competitivo, entre outros atributos que façam com que seja visto como diferente. Existe ainda, o lado pessoal, onde um dos pontos do nosso padrão é o paradigma da beleza física, da aparência pessoal, e nele o feio sempre terá que se incluir no mundo dos belos. Com a chegada da velhice, o idoso deverá se preparar para a sua entrada na sociedade, pois ela, ainda não está preparada para acolhê-los. Há ainda os analfabetos, milhares, que deverão ser incluídos no mundo dos signos: Inclusão.
 É de inclusão que se vive á vida. É assim que os homens aprendem, em comunhão. O homem se define pela capacidade e qualidade das trocas que estabelece e isso não seria diferente com os portadores de necessidades educacionais especiais. (FREIRE, 1996)
         A proposta de uma educação inclusiva apresenta evolução nos últimos vinte anos, reflexo das discussões da sociedade internacional que tem como meta maior à humanização da sociedade, tornando-a mais igualitária e menos preconceituosa, buscando uma Escola para Todos.
         Contudo, é preciso conhecer a real dificuldade enfrentada pelos professores que recebem esses alunos e quais as alternativas geradas por eles para adquirir a metodologia e a aprendizagem necessária para desenvolver seu alunado.
         O processo de inclusão de todo indivíduo inicia-se no rompimento da vida intra-uterina no núcleo familiar, pois há uma geração de conflito com a entrada de um novo ser. Após esse período toda vez que buscamos a inserção nos grupos que vamos ou queremos interagir, também acontece o desejo de inclusão. A luta pela inclusão se dá na escola, no clube, na turma de amigos, nos grupos religiosos, no mercado de trabalho, enfim na sociedade.
         Em relação às necessidades educacionais, apresentam-se os Tratados e Convenções vigentes no nosso país.  A Convenção Internacional sobre Pessoas com Deficiência é o primeiro tratado dos direitos humanos do Século XXI e é amplamente conhecida como tendo uma participação da sociedade civil sem precedentes na história, particularmente de organizações de pessoas com deficiência.

Elementos significativos do artigo 24 da instrução do esboço:

·                                                  Nenhuma exclusão do sistema de ensino regular por motivo de deficiência
·                                                  Acesso para estudantes com deficiência à educação inclusiva em suas comunidades locais
·                                                   Acomodação razoável das exigências individuais
·                                                   O suporte necessário dentro do sistema de ensino regular para possibilitar a aprendizagem, inclusive medidas eficazes de apoio individualizado.

Barreiras ao ensino inclusivo:

·                                                   Atitudes negativas em relação à deficiência
·                                                    Invisibilidade na comunidade das crianças com deficiência que não freqüentam a escola
·                                                     Custo
·                                                     Acesso físico
·                                                     Dimensão das turmas
·                                                      Pobreza
·                                                      Discriminação por gênero
·                                                      Dependência (alto nível de dependência de algumas crianças com deficiência dos que as cuidam)

          Segundo o Parecer CNE / CEB (Conselho Nacional de Educação / Câmara de Educação Básica) nº 02/01, os educandos que apresentam necessidades educacionais especiais são aqueles que, durante o processo educacional, demonstram:
a) dificuldades acentuadas de aprendizagem ou limitação no processo de desenvolvimento que dificultem o acompanhamento das atividades curriculares compreendidas em dois grupos: aquelas vinculadas á uma causa orgânica específica e aquelas relacionadas a condições, disfunções, limitações e deficiências;
b) dificuldades de comunicação e sinalização diferenciada dos demais alunos, demandando adaptações de acesso ao currículo com a utilização de linguagens e códigos aplicáveis;
c) altas habilidades / superdotação, grande facilidade de aprendizagem que os levem a dominar rapidamente os conceitos, os procedimentos e as atitudes e que, por terem condições de aprofundar e enriquecer esses conteúdos deve receber desafios suplementares.
          A chamada Educação Inclusiva iniciou nos Estados Unidos através da Lei Pública 94.142, de 1975 e, atualmente, se encontra na sua terceira década de implementação.
         No Brasil, a Câmara dos deputados, aprovou em primeiro turno no último dia 03 de setembro, a Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência. Com 418 votos favoráveis, 11 abstenções e nenhum contrário. Quando a norma entrar em vigor, O Brasil passará a ser o 21º país a adotar a Convenção, elaborada pela Organização das Nações Unidas (ONU).
         Cláudia Pereira Dutra, Secretária de Educação Especial do Ministério da Educação, afirma a importância deste documento: “No que diz respeito à educação, a Convenção assegura a inclusão educacional das pessoas com deficiência em todos os níveis de escolaridade, por meio do artigo 24, que garante, por exemplo, que nenhuma pessoa com deficiência seja excluída do sistema educacional geral sob alegação de deficiência”.
         Por Educação Inclusiva se entende o processo de inclusão dos portadores de necessidades especiais ou de distúrbios na aprendizagem na rede comum de ensino em todos os seus graus. Da pré-escola ao 4º grau e através dela se privilegiam os projetos da escola.
         O processo de inclusão escolar requer da sociedade um novo olhar para as diferenças do indivíduo, determinando um compromisso assumido por todos, pois o ser humano possui como principal característica, a pluralidade, e não a igualdade ou a uniformidade.
         Portanto, discursar sobre inclusão e escola inclusiva, supõe falar de vários aspectos que alinhavam esses conceitos, tais como, o sujeito do processo, os princípios, as políticas educacionais, entre outros.
         Na escola inclusiva o processo educativo é entendido como um processo social, onde todas as crianças portadoras de necessidades especiais e de distúrbios de aprendizagem têm o direito à escolarização o mais próximo possível do normal. O alvo a ser alcançado é a integração da criança portadora de deficiência na comunidade.
         A atuação e a forma de tratamento do aluno da Escola Inclusiva é diferente na sua forma de tratamento em relação as escolas tradicionais. Uma das diretrizes elaborada para essa instituição é a de que os professores mantenham uma maior proximidade com os alunos, focando, assim, a  captação das suas maiores dificuldades, como por exemplo, qual o facilitador para um maior entendimento das aulas. Onde o resultado esperado é um maior nível de aprendizagem. A Escola Inclusiva também parte do princípio que a parceria dos pais é essencial no processo de inclusão da criança na escola. Crêem também, que todas as alterações na instituição devem ser discutidas entre pais, professores, alunos e equipe técnica.
    A inclusão deve atingir todos os alunos dentro de uma classe e não somente os alunos portadores de necessidades especiais. A inclusão não difere, ela tem como foco o aluno e precisa atingir a todos, com o objetivo de desenvolvimento de aprendizagem para todos. Cabe ao professor, ser o facilitador desta inclusão, direcionando um novo olhar e ouvindo atentamente a cada um deles. O papel do professor, também é aprender, e essa aprendizagem é constante, ele deverá identificar diferentes formas de pensar a sua profissão, deve enfrentar como parte de um movimento constante de busca . Nesse sentido, Freire (1996) diz que “a consciência do mundo e a consciência de si como ser inacabado necessariamente inscrevem o ser consciente de sua inconclusão num permanente movimento de busca”.
Esse movimento pode representar o que autores chamaram de autoformação, definindo-a como “a apropriação por cada um do seu próprio poder de formação”.  Na autoformação , o professor assume a necessidade de aprender e se apropria do processo de formação.
       SILVA (2005), também coloca que: “O ser em formação só se torna sujeito no momento em que a sua intencionalidade é explicada no acto de aprender e em que é capaz de intervir no seu processo de aprendizagem e de formação para o favorecer e para o reorientar”.
         Querer aprender, isto é o que fará a diferença para o educador que tramitar na esfera da educação especial, não ter medo do novo, incluir ao invés de excluir, atuar com sistema de aprendizagem contínua, observar o individual e não o macro, trocar com seus pares e aprender com colegas que se especializaram nessa cadeira, a experiência conta, mas a aprendizagem diária, a vivência, a postura autoformativa e explorar ao máximo as oportunidades oferecidas, fará desse educador, um educador também especial. A autoformação implica em busca, em investimento na própria aprendizagem e essa busca, assume sempre formas muito variadas.
A inclusão trouxe a necessidade de repensar a educação e a instituição escolar, principalmente pelas dificuldades enfrentadas pelos docentes. Por isso, traz consigo mudanças na forma de ver, pensar e fazer a educação escolar e a docência. Ela surge como um estímulo para se pensar a educação a partir da inadequação de um sistema escolar tradicional no qual é o aluno que necessita adaptar-se a escola, e esta por sua vez esquiva-se de possíveis mudanças. É também a oportunidade de rever e repensar práticas escolares desestimulantes procurando torná-las mais atraentes, inovadoras e dinâmicas. (DAL FORNO E OLIVEIRA, 2004)
         A inclusão representa um grande desafio, mas a superação pode ocorrer com o entrosamento dos pais, escola e funcionários, com a troca dos professores de classe regular e dos educadores especializados, revisão das estratégias de ensino, formação continuada para os educadores e a consolidação da inclusão através da elaboração de políticas públicas de formação em serviço pelos órgãos governamentais.
ALGUMAS CONSIDERAÇÕES:
Uma sociedade é formada por grupos de indivíduos, de classes, cultura, nações e conseqüentemente necessidades distintas, mas que aprendem a conviver com as diferenças impostas pelo meio em que vivem, portanto a convivência da classe dita “normal” e da classe dos portadores de NEE, a partir do conhecimento da dificuldade e ou necessidade de cada um, gera aprendizagem para todos os integrantes.
         Dessa forma, vemos que uma postura aberta à mudança, por parte dos professores e da Escola, é fundamental dentro de uma perspectiva inclusiva. Postura essa que mostra a urgência da mudança do pensamento que prego que somente os educadores especiais podem trabalhar com alunos com necessidades especiais. O caminho da Escola inclusiva ainda possui vários obstáculos, mas com a união de todos os envolvidos no processo, a captação da melhor estratégia para cada escola que busca a inclusão, a dificuldade poderá ser minimizada e o conceito de educação e aprendizagem unificado em todas as instituições de ensinos sejam elas, inclusivas ou especiais e na sociedade.
         Dessa forma, a formação continuada vem minimizar a ausência de conhecimentos relacionados à inclusão, colaborando para aprendizagem do educador, complementando e auxiliando seu desenvolvimento profissional e suprindo deficiências da formação inicial com relação as diferenças dos alunos e a presença destes em classe regulares.
Um sistema escolar inclusivo precisa investir na capacitação contínua de seus professores e funcionários, chamando-os para o entendimento do processo, focando um processo contínuo de sensibilização e atualização constante do quadro funcional e da comunidade onde a U.E. está inserida.
         A formação continuada, aqui discutida, não pode ser somente de breves cursos realizados para atualização e capacitação do educador, mas também, composta e complementada por reuniões de estudos na escola, analisando a realidade vivida por aquele grupo de alunos, suas necessidades e suas potencialidades. Desta forma, a escola e a sala de aula devem ser um espaço inclusivo, acolhedor, um ambiente estimulante que sempre reforçará os pontos fortes do indivíduo, reconhecendo suas dificuldades e adaptando-se  as peculiaridades do alunado.
         Neste espaço escolar, onde as limitações são únicas e ímpares, toda a infra-estrutura deve ser adaptada ao coletivo, como por exemplo, rampa de acesso para cadeirantes, material em Braille para deficientes visuais, Libras para deficientes auditivos, entre outros.  O ambiente deve ser acolhedor e com total respeito ao indivíduo, sempre respeitando o limite do outro e também reconhecendo no outro o que ele tem de melhor para fazer e transmitir. Formar um aluno dentro da escola é justamente destacar suas diferenças e não padronizá-lo, é ensiná-los o máximo que possam aproveitar.Entretanto, percebe-se que o êxito do processo de aprendizagem e de inclusão depende da formação continuada do professor, dos grupos de estudos com os profissionais especializados, possibilitando uma ação prática, da reflexão e do constante redimensionamento do fazer pedagógico.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
 DAL FORNO, Josiane Pozzatti, O professor na escola inclusiva construindo saberes.
DAL FORNO, Josiane Pozzatti; OLIVEIRA, Valeska Fortes de. Ultrapassando barreiras: professoras diante da inclusão. 2005. Monografia (Especialização em Educação Especial) – Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, 2005.
FERREIRA, Cláudia Linhares Lucas O papel do professor na educação inclusiva.
FREIRE, P. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1996.
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Brasil adotará documento da ONU sobre pessoas com deficiência. DF: MEC 2008.
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Projeto Educar na Diversidade. DF: MEC 2008.
PACHECO, José et al. (org.). Caminhos para a inclusão: um guia para aprimoramento da equipe escolar. Porto Alegre: Artmed, 2006
SILVA, Karla Fernanda Wunder. Tessituras entre a Escola Regular e a Educação Especial. 2002. Dissertação (Mestrado em Educação) - Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Rio Grande do Sul, 2005.
TARDIF, M. Saberes docentes e formação profissional. Petrópolis: Vozes, 2002.
TARDIF, M. Saberes profissionais dos professores e conhecimentos universitários: elementos para uma epistemologia da prática profissional dos professores e suas conseqüências em relação à formação para o magistério. Revista Brasileira de Educação, n. 13, p. 5-24, jan/fev/mar/abr. 2000.
VIDAL, R. O papel do educador na Inclusão Social. Disponível em: www.artigonal.com.br

    
Profª. Ms. Luciene Martins Tanaka

sexta-feira, 13 de maio de 2011

UMA REFLEXÃO SOBRE: A EDUCAÇÃO INCLUSIVA A IMPORTÂNCIA DAS COMPETÊNCIAS E SABERES DOCENTES

                                    INTRODUÇÃO
A inclusão escolar é um tema que vem sendo muito tratado nos dias atuais e nos faz refletir e analisar sobre a situação da educação brasileira em relação ao assunto, afinal será que os atores escolares estão preparados para conviver com as diferenças? Sabemos da grande diversidade da formação dos professores e me questiono quanto à qualidade da mesma, afinal são inúmeros os cursos que surgem aqui no Brasil, mas será que quantidade está ligada à qualidade?
Atualmente muito se tem se falado sobre competências e habilidades, sejam elas a serem construídas no aluno ou ainda, que devam possuir e/ou adquirir o professor, para desenvolver-se continuamente e ter sucesso na sua profissão. Um grande desafio da docência atual é o trabalho com alunos de inclusão, seja qual tipo de inclusão for, sabemos das imensas dificuldades do professor em se trabalhar com alunos de inclusão, seja devido à falta de estrutura ou principalmente a uma formação inadequada tanto inicial como continuada. CARVALHO (2004) afirma que é importante romper as barreiras como: uma má formação docente e a sua falta de preparo, a falta de recursos adaptados para se trabalhar com portadores de necessidades especiais. Entretanto, apesar das imensas dificuldades citadas, será que é fácil trabalhar com a inclusão? Por que não se prepara o professor para a realidade da sala de aula? Será que o ensino por competências auxilia no trabalho com alunos de inclusão?
Para VYGOTSKY (1984) desenvolve uma teoria de que a formação da mente é importante para os resultados de qualquer verificação, seja pela abordagem teórica ou pela experimentação devem levar em conta fatores qualitativos e quantitativos. Mas, será que é fácil trabalhar com seres humanos, sujeitos que como diz MORIN (2000) são tão complexos!? Que atitudes deve tomar o professor? Afinal, vemos a cada dia mais cobranças e pouco apoio técnico, porém, será que podemos fazer algo? Qual deve ser a postura do professor? Que competências e habilidades ele deve dispor para trabalhar com esses alunos?
Já para ROMERO TORRES (2005), competência é o desenvolvimento de uma capacidade que alguém utilizará para resolver um determinado problema e é construída pela troca de conhecimentos entre as pessoas, com base em fundamentos legais e que o ensino por competências deve levar em conta o conhecimento prévio do aluno, que, por sua vez, deve ser verificado através de uma sondagem, para saber quais deverão ser mais ou menos trabalhadas, sendo um referencial para o trabalho do professor.
1.  COMPETÊNCIAS E SABERES DO DOCENTE
As condições da docência exigem muito do professorado em termos de responsabilidade e trabalho diário e, em troca, oferecem pouco tempo para a elaboração, para a discussão construtiva, para a reflexão ou em relação a compensações reais e tempo para reposição. Contudo, segundo FULLAN, infelizmente, a formação do professorado não os prepara para as realidades da educação e nem podemos esperar que o faça devido às constantes modificações nos sistemas de ensino, além disso, eles dificilmente recebem ajuda dos seus superiores.
Para TEJADA, o conhecimento profissional se origina na própria prática profissional e vai se desenvolvendo com a interação entre os colegas de trabalho, com a reflexão sobre a prática, etc. O desenvolvimento profissional tem a ver com processos de melhora de conhecimento, destrezas e/ou atitudes dos professores, sendo a formação (inicial ou contínua), um elemento fundamental para esse desenvolvimento, ele cita Marcelo que diz que esse processo envolve os seguintes fatores: desenvolvimento pedagógico, profissional, teórico, cognitivo, da carreira e também, o conhecimento e a compreensão de si mesmo. Esses fatores auxiliarão o professor na colaboração da aprendizagem dos alunos quanto à formação de um cidadão crítico.
Sabe-se que a condição humana e a diversidade cultural devem ser o centro da educação do futuro, implicando na revisão da nossa posição no mundo, sendo importante aprender a SER, VIVER JUNTOS, FAZER e CONHECER como seres humanos do planeta terra.
Os estudos sobre o pensamento do professor se apóiam nas novas imagens do professor e das práticas escolares, influindo nas idéias de formação que ficam entre a formação de um profissional técnico ou prático-reflexivo. Assim, FELDMAN aponta para a importância da reflexão sobre a prática para um constante aprimoramento profissional.
Para MORENO BAYARDO (2005), ensinar por competências é algo complexo e envolve capacidade, habilidade, aptidões e um bom desempenho, preocupando-se no desenvolvimento constante dos alunos, buscando gerar-lhes autonomia em relação aos estudos. Dessa forma, os alunos adquirirão capacidade de aplicar os conhecimentos e de articulá-los com os seus valores e atitudes. Entre essas competências citadas por diversos autores, MORIN (2000) nos cita sete saberes, que segundo ele são necessários para o professor do século XXI:
                1º Saber – O Erro e a Ilusão – As Cegueiras do Conhecimento – A educação deve mostrar que não existe conhecimento que não esteja ameaçado pelos riscos de erros e ilusões.
                Os idealismos podem contribuir para um erro que não seja construtivo, afinal, também se aprende com os erros e a melhor forma de se evitar erros é utilizando a racionalidade.
                2º Saber – Os princípios do conhecimento pertinente – A fragmentação dos conteúdos em disciplinas é um mal e seria importante haver uma ligação entre elas, afinal o ser humano é um ser complexo, mas é apenas um, portanto, as matérias devem ser trabalhadas juntas, contextualizadas, facilitando assim o seu entendimento por parte dos alunos.
                3º Saber – Ensinar a condição humana – Como citamos acima, é importante se integrar as disciplinas da mesma área de estudo.
                4º Saber – Ensinar a condição terrena – Atualmente, as informações se propagam com grande velocidade e as pessoas estão ligadas, independentemente da sua pátria, passando a ser consideradas cidadãs do planeta Terra, aprendendo a respeitar os diferentes povos e suas respectivas culturas.
                5º Saber – Enfrentar as incertezas – A educação do futuro deve voltar-se para as incertezas ligadas ao conhecimento, pois, existem os princípios da incerteza. Portanto para estar preparado para enfrentá-las é necessário fé e estratégias, ou seja, é necessário estar armado de conhecimentos.
                6º Saber – Ensinar a compreensão – A educação para a compreensão está ausente no ensino e não é garantida pela comunicação, Para se compreender o que se passa na cabeça de alguém, bem como o que ela sente, é importante se colocar no lugar dela e entender as diferenças entre as diferentes culturas, não se preocupando em impor a sua cultura sobre a de outros povos, mas respeitando-as e exigindo respeito para com a sua, para que assim, vivamos em um mundo mais pacífico.
                7º Saber – Ética do Gênero Humano – A educação deve mostrar e ilustrar o destino multifacetado do homem, ou seja, mostrar que embora todos tenham pensamentos e maneiras de viver diferentes, todos pertencem à raça humana, portanto, devem se respeitar mutuamente.
Diante do até aqui exposto, com base nos autores citados, tem-se a idéia que o professor do século XXI deve ter competências para ensinar não somente os seus conteúdos, mas para preparar os alunos para a vida cidadã, refletindo constantemente sobre a sua prática e moldando-a com o decorrer do tempo, afinal, não há pessoas que detenham todo o saber e o professor deve ter noção de que é preciso ir sempre à busca de novos conhecimentos. Desta forma,  a cada dia os desafios na sala de aula são maiores e a formação docente, acaba  deixando muito a desejar, sendo o professor, a maior vítima desse despreparo, que se deve a não formação por competências nas universidades. Além disso, os professores têm pouco ou nenhum conhecimento sobre a educação inclusiva, indo de encontro ao que fala DAVÍNI (1995) quando afirma que ainda há muito para se fazer, tendo em vista que é preciso haver uma grande integração entre teoria e prática por parte das universidades e centros formadores, para que o professor seja de fato preparado para a realidade da sala de aula, pois, segundo ele, deve-se desenvolver uma pedagogia centrada no estudo da prática e do exercício docente com base numa ação reflexiva, sendo um caminho para o exercício racional da prática docente pela  escolha dos melhores meios para se atingir determinados fins.
Sendo assim, educar para a diversidade é ensinar os indivíduos a conviverem com as diferenças entre as pessoas e a educação inclusiva tem esse papel e bem apresenta MANTOAN (2003), a inclusão deve ser trabalhada de todos os lados, visando à preparação não só dos portadores de necessidades especiais, mas também e sobretudo, das pessoas que irão acolhê-las, sendo fornecidas condições físicas, sociais e estruturais para que ela ocorra. Desta forma, torna-se necessária uma visão de que todos precisam aprender a conviver com as diferenças, respeitando cada um do que jeito que é, seja a pessoa portadora de deficiência visual, auditiva, física ou de altamente habilidosa.
Portanto, um dos grandes papéis da escola atualmente é de se formar para a vida cidadã e para o convívio com as diferenças. Muitas pessoas acreditam que um aluno com necessidades especiais não deve freqüentar uma sala regular, mas uma sala especial, pois entendem que já são muitos os problemas pelos quais o professor passa todos os dias. Diante desse preconceito, pergunto: Será esse o papel da escola especial? Já não basta a heterogeneidade na qual o professor tem que trabalhar?
Entende-se aqui, que a inclusão é importante, porém muitos vêem a educação inclusiva como algo “legal” não se preocupando com as suas bases, isso devido ao pouco investimento na formação do professorado e na estrutura escolar. Além disso, hoje há muitas dúvidas se há realmente uma inclusão, ou se há apenas a integração desses alunos às situações da sala de aula, ou ainda,  se simplesmente eles são jogados ali, sem terem suas reais necessidades educacionais atendidas. Segundo CARVALHO (2004) o aluno com necessidades especiais não deve apenas ser jogado no meio dos demais, mas é necessário que se forneça uma estrutura para que o mesmo desenvolva a sua aprendizagem com os recursos necessários para a mesma e que se invista na formação continuada dos professores.
Para NUÑEZ (2005), hoje, a educação vive um processo de constantes mudanças como a mudança da estrutura familiar, as tecnologias, o foco do ensino, e, o professor deve estar preparado para essas mudanças, buscando mostrar ao aluno a importância de se qualificar, mas, sem se esquecer de mostrar a ele a importância de se conviver com os demais respeitando as diferenças entre as pessoas e respeitando o meio em que vive para a preservação da espécie humana, buscando uma formação cidadã, crítica e consciente de seus direitos e deveres, sendo necessário, segundo DE LA TORRE, que se tenha uma visão coerente e clara do cidadão que se quer formar, no caso da educação de professores, a formação de profissionais inovadores e criativos, capazes de transformar seus alunos em cidadãos autônomos e possuir consciência de que metas quer atingir, procurando causar mudanças de impacto na forma de pensar, que não vêm somente com o conhecimento.
Para BELLO (2004), cabe ao professor verificar os conhecimentos prévios dos alunos e realizar uma análise da sua didática para que provoque neles uma mudança conceitual, entendendo a forma como eles representam o conhecimento para poder torná-los compatíveis com o conhecimento científico. Além disso, a verificação dos conhecimentos prévios permitirá o direcionamento do professor quanto ao trabalho a ser realizado com cada aluno.

ALGUMAS CONSIDERAÇÕES:
Atualmente, percebe-se que a educação não se preocupa somente com fatores relacionados às matérias, mas cabe aos professores trabalharem alguns conceitos, como a vida cidadã, a preservação do meio ambiente, o respeito às diferenças entre as pessoas (diversidade), procurando formar cidadãos críticos, que saibam ao mesmo tempo lutar pelos seus direitos, porém, respeitando os direitos dos demais, sendo essa, mais uma das tarefas da escola.
                Desta forma, o professor deve ser um profissional dinâmico e que se adeque às situações do dia-a-dia, moldando o seu trabalho de acordo com as necessidades educacionais do seu aluno, buscando alternativas que tornem a aprendizagem interessante e significativa para o mesmo, revisando e reavaliando sempre o processo de ‘ensinagem-aprendizagem’.
                O ensino por competências é algo complexo, mas auxilia o professor na formação dos seus alunos e na sua própria formação, pois entre as diversas competências citadas por autores como PERRENOUD, MORIN e outros, observa-se  que o professor não deve sentir-se o dono de todo o saber, mas que deve utilizar até o próprio erro na construção e reconstrução do seu próprio saber, além de enfrentar as incertezas e buscar a integração dos conteúdos disciplinares. Sendo assim, como cita MORIN (2000), o ser humano, embora complexo, é um só.
Diante disso, acredita-se que o ensino por competências auxiliará o professor a enfrentar as dificuldades e as incertezas da sala de aula, afinal, a cada dia surgem novos desafios, como a educação inclusiva. Entretanto, pouco se investe na formação dos professores, cabendo a eles  gerir a sua própria formação, assumindo, muitas vezes sozinho, todo o ônus para  construção do seu saber enquanto ensinante e aprendente.
Sendo assim, pode-se dizer que o professor do século XXI deve buscar uma reflexão constante sobre a sua prática, bem como analisar os conhecimentos prévios dos seus alunos, para que possa direcionar o seu trabalho em relação a cada um deles, respeitando as particularidades de cada um e o ensino por competências auxilia no desenvolvimento de um trabalho de sucesso, onde o saber se torna dialógico e o professor deixa de ser o detentor de todo saber, mas alguém que precisa enfrentar as incertezas e não ter medo de errar, para vencer os desafios, buscando diagnosticar e direcionar a aprendizagem do mesmo, trabalhando na elaboração de estratégias na busca de superar a cada um deles.

 
- ANGUILANO MOLINA, A. M.; VÁZQUEZ, C. P. y JIMÉNEZ, S. E. (2005), “¿Competencias profesionales integrales en la nivelación a la Licenciatura en Trabajo Social de la Universidad de Guadalajara” en Educar n°. 24, Jalisco, México, 2005.
- BELLO, S. (2004), “Ideas Previas y Cambio Conceptual” en Aniversario – Educación Química 15, 2004.
- BONILLA PEDROZA, M. X. y LÓPEZ MOTA, A. (2005), “¿Las concepciones de evaluación de los docentes están articuladas com las epistemológicas y de aprendizaje” em Enseñanza de las Ciencias – Número Extra – VII Congresso, Universid Pedagógica Del México, México, 2005.
- BRASIL, Decreto n°. 6571/2008 - Dispõe sobre o atendimento educacional especializado, regulamenta o parágrafo único do art. 60 da Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, e acrescenta dispositivo ao Decreto no 6.253, de 13 de novembro de 2007.
- DAVÍNI, María C. (1995), La formación docente em cuestión: Política y Pedagogía, Buenos Aires, 2005.
- DE LA TORRE, S., “El profesorado que queremos” en Estrategias Didácticas Innovadoras, Barcelona.
- DÍAZ BARRIGA, A. y INCLÁN ESPINOSA, C. (2001), “El docente en las reformas educativas: Sujeto o ejecutor de proyectos ajenos” en Revista Iberoaméricana de Educación – nº 25, 2001.
- FELDMAN, D., Ayudar a Enseñar.
- FULLAN, M., “El profesorado” en El cambio em la educación em nível local. s/d.
- MANTOAN, M. T. E. (2003), Inclusão Escolar, O que é?  Por quê? Como fazer? São Paulo, Moderna, 2003.
- MEIRIEU, P. Aprender, si. Pero ¿como?
- MORENO BAYARDO, M. G. (2005), Educación de calidad y competencias para la vida” en Educar n°. 24, Jalisco, México, 2005.
- MORENO, P. M. y MARTÍNEZ, G. S. (2005), “Una mirada reflexiva y crítica al enfoque por competencias” en Educar n°. 24, Jalisco, México, 2005.
- MORIN, E. (2000), Os sete saberes necessários para a educação do futuro, São Paulo, Cortez, Brasília, UNESCO, 2000.
- NUÑEZ, V. (2003), “Los nuevos sentidos em la tarea de enseñar más allá de la dicotomia enseñar vs. Asistir” en Revista Iberoaméricana de Educación nº 33, 2003.
- ROMERO TORRES, N. L. (2005), “¿Y qué son las competencias? ¿Quién las construye? ¿Por qué competencias? en Educar n°. 24, Jalisco, México, 2005.
- SÁNCHEZ SEGURA, M. E. (2005), “Cómo “enseñar” competencias en preescolar” en Educar n°. 24, Jalisco, México, 2005.
- STAINBECK, S. e STAINBECK, W. (1999), Inclusão – Um guia para educadores, Porto Alegre, Artmed, 1999.
- TEJADA FERNÁNDEZ, J., “Profesionalidad Docente” Estrategias Didácticas Innovadoras”, Barcelona.
- VÁZQUEZ, Y. A. (2005), “La convergencia entre habilidades, actitudes y valores en la construcción de las competencias educativas” en Educar n°. 24, Jalisco, México, 2005.
- VYGOTSKY, L.S. (1984), A formação social da mente. São Paulo, Martins Fontes, 1984.

                          

                                                                        Prof. Ms. Luciene Martins Tanaka